Apesar de ter movimentado mais camiões e mais cargas, o porto de Calais perdeu quota de mercado nas ligações trans-Mancha no ano findo.
O exercício de 2016 foi particularmente difícil para o porto francês, particularmente no respeitante ao tráfego de passageiros, muito por causa da situação vivida até ao desmantelar da “selva” habitada pelos migrantes desejosos de passar para o Reino Unido.
Neste contexto, o tráfego de mercadorias também sofreu, mas menos, e conseguiu mesmo crescer face a 2015. Em número de unidades de carga o aumento foi de 3,4%, para 1,9 milhões. Em volume, o incremento atingiu os 2,7% até muito perto dos 43 milhões de toneladas.
Ainda assim, Calais perdeu importância relativa, uma vez que o mercado da travessia da Mancha cresceu 6%, reconheceram os responsáveis do porto. Resta a consolação – e o alento – de o último trimestre de 2015 ter já dado sinais claros de recuperação.
A Eurotunnel, que explora a travessia ferroviária sob a Mancha, anunciou um resultado recorde no tráfego de camiões, com mais de 1,6 milhões de unidades (um aumento homólogo de 11%).