As conclusões do estudo sobre a criação do ecobono, em que Portugal está envolvido, deverão ser apresentadas em Outubro. Uma coisa parece já certa: os apoios no short sea shipping devem ir para a procura e não para a oferta.
Portugal, Espanha, Itália e França trabalham há alguns anos no projecto Med-Atlantic Ecobonus. As conclusões deverão ser apresentadas em Outubro, nas Jornadas da associação SPC Spain.
O ecobono é uma forma de incentivar os transportadores rodoviários a optarem pelo transporte marítimo de curta distância, colocando os camiões nas Auto-Estradas do Mar, retirando-os das estradas, com vantagens ambientais e para as economias dos Estados, de acordo com os defensores do SSS.
O presidente do SPC Spain, Manuel Carlier, justifica que, para transportadores e carregadores, o SSS é “mais complexo” do que a opção pelo modo rodoviário tradicional. Pelo que haverá que criar condições para terem, “no mínimo”, “os mesmos trânsitos e melhores condições”.
Distorção da concorrência
Numa conferência de promoção do SSS junto de transportadores rodoviários, Manuel Carlier defendeu o ecobonus e criticou os apoios às companhias de navegação, lembrando que “apoiar umas rotas e não outras pode provocar distorções de concorrência”.
“É preferível, portanto, conceder uma ajuda aos transportadores ou operadores logísticos para embarcarem nos navios e eles que escolham quais as rotas que mais lhes convêm”, insistiu o presidente do SPC Spain.