O consórcio ETE/ETF venceu o concurso para a concessão do Terminal Multiusos de Lisboa (TML). Derrotado foi o agrupamento TML, integrado pela TMB, Mota-Engil Logística, Multiterminal, Portmar e Sogestão.
Naquela que é apresentada como a primeira concessão portuária da nova geração, o concessionário fica com o direito de exploração exclusivo do terminal, com cerca de 49 mil metros quadrados, por um prazo de seis anos (previsivelmente até Fevereiro de 2021), prorrogável até aos dez anos.
O concessionário fica ainda obrigado a pagar à administração portuária cerca de 4,5 milhões de euros e a movimentar 54 mil contentores cheios/ano. Caso exceda esses volumes, os ganhos ficarão para o concessionário e para o mercado.
A curta duração do contrato de concessão é explicada pelo facto de a administração portuária de Lisboa pretender alinhar os prazos das concessões dos terminais da margem norte do Tejo, a pensar na sua posterior desactivação e transferência para a margem sul ou para Setúbal.
Até ao momento o TML tem sido operado pela Operlis, uma empresa do Grupo ETE. A novidade é, pois, a entrada em cena do Grupo Sousa, que assim junta a participação nesta concessão à da concessão do terminal de cruzeiros do porto da capital.
O Grupo ETE, por seu turno, volta a ganhar uma concessão em Lisboa, depois da a Silopor, e será um dos interessados no futuro terminal de contentores do Barreiro.
O concurso para a concessão do TML foi lançado em Agosto passado pela APL e entretanto revelou-se impossível obter informações sobre o seu andamento. Até agora.