O futuro da AEM Gijon-Nantes será decidido na próxima reunião dos ministros dos Transportes de Espanha e França. A proposta da Transportes Riva é a única sobre a mesa.
No encontro de 2 de Julho, os responsáveis dos dois países envolvidos na AEM deverão avaliar o plano de negócios que a espanhola Riva se propõe implementar depois de suceder à LD Lines.
Os governos de Espanha e França querem conhecer, nomeadamente, o que a empresa se propõe fazer em termos de tarifários, rotações, navios a fretar e sustentabilidade da oferta no longo prazo.
A LD Lines dispõe-se a ceder a participação na sociedade que explora a AEM por apenas um euro, mas exige que quem lhe suceda assuma eventuais dívidas. A Transportes Riva aceite tal condição com a nuance de que só garantirá um montante igual ao do co-financiamento público que ainda não foi pago.
Certo é que a Brittany Ferries e a Suardiaz (que opera a AEM Vigo-Nantes e que tem ainda uma participação minoritária na AEM de Gijon) não estão interessadas no negócio. Tê-lo-ão dito, por escrito, à LD Lines.
Curiosamente, o líder da Transportes Riva tem relações familiares com a Suardiaz mas parece seguro não haver qualquer alinhamento neste negócio.
A AEM Gijon-Nantes foi interrompida em Outubro do ano passado pela LD Lines, com o argumento de que não era viável sem as ajudas públicas. E no entanto a taxa de ocupação rondava os 70%. E ainda havia fundos disponíveis.