A apresentação do gasoduto virtual da Madeira foi um dos pontos altos da conferência “GNL como Combustível Marítimo: o Momento da Verdade”, que ontem decorreu no porto de Valência, no âmbito dos projectos Gainn, co-financiados pelo CEF.
A reunião, promovida pela Fundación Valenciaport, reuniu representantes dos portos europeus envolvidos (entre os quais, Leixões, Setúbal, Açores e Madeira), de armadores (entre eles, o Grupo Sousa e a Mutualista Açoreana), de fabricantes de motores e da Comissão Europeia, entre outros.
O gasoduto virtual da Madeira, recorde-se, foi lançado em Março de 2014, numa iniciativa do Grupo Sousa, e consiste no essencial no transporte de gás natural, em contentores-cisterna criogénicos, entre Sines e a região autónoma.
Portugal com 3 projectos no Gainn4MoS
O Gainn4MoS (Sustainable LNG Operations for Ports and Shipping – Innovative Pilot Actions) é o projecto Gainn mais importante.
Com um orçamento de cerca de 40 milhões de euros, envolve seis Estados-membros (Portugal, França, Itália, Espanha, Eslovénia e a Croácia) e propõe-se impulsionar o desenvolvimento das Auto-estradas do Mar mediante a utilização de combustíveis alternativas.
Portugal candidatou três projectos-piloto de “retrofitting” de navios. Um deles é o “LNG in the Port of Leixões Fleet”, da APDL, com um orçamento de 2,72 milhões de euros, e visa a reconversão de um dos rebocadores de Leixões. Outro foi baptizado de “PLIM – Projecto Logístico Intermodal da Madeira – Action SHIPS&LOG”, da APRAM em parceria com o Grupo Sousa. Com um orçamento de 1,57 milhões de euros visa a reconversão dos navios Funchalense 5 e do Lobo Marinho. Por fim, o “Deep Blue Atlantic Retrofitting”, da Portos dos Açores, em parceria com a Mutualista Açoriana, com um orçamento de 4,5 milhões de euros, visa a reconversão do navio Corvo.