A Hapag-Lloyd está a acelerar os planos para dispersar em Bolsa uma posição minoritária no seu capital já no Outono, avança a “Reuters”.
A companhia terá mandatado os bancos de investimento Deutsche Bank, Goldman Sachs e Berenberg para liderarem a IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla inglesa), que deverá avaliar a Hapag-Lloyd em 5,5 mil milhões de dólares.
Os principais accionistas da Hapag-Lloyd são a família proprietária da CSAV (que ficou com 34% do novo grupo após a fusão entre as companhias alemã e chilena), o município de Hamburgo (com 23,2%), o empresário Klaus-Michael Kuehne (20,8%) e o grupo TUI (13,9%).
A TUI há muito anunciou a sua intenção de desinvestir na Hapag-Lloyd para se concentrar nos negócios do turismo.
O lucro da IPO será, ao que tudo indica, usado pela Hapag-Lloyd para reduzir a dívida de 3,3 mil milhões de euros.
A companhia de transporte marítimo de contentores fechou o primeiro trimestre de 2015 com um lucro líquido de 128,2 milhões de euros, um desempenho bem melhor do que o do mesmo período do ano passado, em que declarou perdas de 108,3 milhões de euros.
A reviravolta no desempenho da Hapag-Lloyd justifica-se pelo aumento nos volumes transportados (devido à fusão com a CSAV) e pelo programa de eficiência que a companhia tem em curso. Também o dólar forte e a descida do preço do bunker contribuíram para a melhoria do desempenho.