A Naviera Armas arrisca não pagar os juros dos empréstimos obrigacionistas, avisa a Moody’s, que coloca a companhia à beira do incumprimento.
Com uma dívida de 800 milhões de euros (mais 70 milhões só no primeiro semestre deste ano) e uma forte quebra de receitas por causa da Covid-19, a Naviera Armas estará a negociar com os credores para evitar o incumprimento.
Na semana passada, o espanhol “El Condidencial” avançou que a companhia já estaria em quebra e teria recorrido à protecção de credores. A notícia foi prontamente desmentida, confirmando-se apenas as negociações com os obrigacionistas.
Agora foi a vez da Moody’s descer o rating da Naviera Armas, antecipando a impossibilidade de a companhia pagar os juros relativos a um empréstimo obrigacionista de 282 milhões de euros que vence em 2023. No imediato, a companhia terá recorrido a um período de carência de 30 dias, findo o qual, se não pagar ou alcançar um acordo, entrará em incumprimento.
A Naviera Armas, que adquiriu a Trasmediterránea, há dois anos, por cerca de 300 milhões de euros, é o maior operador espanhol e um dos maiores da Europa no transporte marítimo de passageiros e carga rodada. O grupo opera com uma frota de 40 navios.