O acordo alcançado entre Atenas e os credores internacionais sobre o terceiro programa de resgate impõe a venda ou privatização rápida de portos e aeroportos regionais e da rede de distribuição de energia eléctrica.
De acordo com o Memorando de Entendimento, um documento de 29 páginas onde ficou
resumido o acordo que assegura à Grécia um financiamento de aproximadamente 86 mil milhões de euros durante os próximos três anos (será o terceiro resgate internacional desde 2010), as receitas das privatizações deverão totalizar 6 400 milhões de euros, entre 2015 e 2017.
Já até Outubro, o governo de Alexis Tsipras terá de concluir a privatização dos portos do Pireu e de Tessalónica, os dois mais importantes do país, e bem assim dos aeroportos regionais.
Nos casos dos portos, interessados não faltarão. Desde logo, a Cosco, que já está estabelecido no Pireu, mas também a Maersk, ou a ICTSI, apenas para citar aqueles operadores de que mais se fala.
Na mesma linha, o documento firmado entre Atenas e os credores impõe que terão de ser dados “passos irreversíveis” até Outubro próximo, para privatizar a ADMIE, a empresa que opera a rede energética, caso não encontre, até lá, medidas alternativas que produzam efeito equivalente.
O acordo sobre o terceiro resgate da UE, BCE e FMI à Grécia está hoje a ser discutido no Parlamento grego.