Os portos nacionais movimentaram em 2022 praticamente o mesmo que em 2021, permanecendo abaixo dos volumes registados antes da pandemia, de acordo com a AMT.
No ano passado, os portos nacionais (do continente) movimentaram 85,6 milhões de toneladas, 0,1% abaixo do realizado no exercício anterior.
Entre os principais, o porto de Sines destacou-se pela negativa, com uma redução homólogo de 3,7% e um total de 44,8 milhões de toneladas. Ainda assim, note-se, o porto alentejano manteve a maioria absoluta, com uma quota nacional de 52,4%. Leixões e Setúbal também fecharam o ano no vermelho (-1,9% e -5,8%, respectivamente), com 14,9 e 6,2 milhões de toneladas.
Pela positiva, destacaram-se Lisboa, a crescer 13,7% para 10,7 milhões de toneladas, Aveiro, com um ganho de 7,6% e 6,1 milhões de toneladas, e Figueira da Foz, a subir 30,3% até próximo dos 2,4 milhões de toneladas. Viana do Castelo processou 410 mil toneladas (+8,7%) e Faro fez 7mil toneladas (+60,8%).
Por tipos de cargas, e sempre de acordo com o relatório da AMT, a carga geral totalizou 40,5 milhões de toneladas (-5,5%, ou -2,4 milhões de toneladas), penalizada sobretudo pela carga contentorizada (32,4 milhões de toneladas, -6,7%). O movimento de contentores ficou-se pelos 2,9 milhões de TEU, menos 168 que em 2021, com Sines a perder 161.
O tráfego Ro-Ro recuou 2% (-40 mil toneladas), para um total de 1,9 milhões de toneladas, devido à quebra de 4,7% verificada em Leixões (-71 mil toneladas), parcialmente compensada por Setúbal (+7,2%,+28 mil toneladas, ).
Os granéis sólidos cresceram 13,9% (+1,8 milhões de toneladas) até aos 14,7 milhões de toneladas, animados pelos outros granéis sólidos, que subiram 25,3% e tocaram os 8,5 milhões de toneladas.
Os granéis líquidos totalizaram 30,4 milhões de toneladas, mas a comparação estatística com o ano anterior é dificultada pela alteração dos critérios da AMT, nomeadamente no relativo ao gás liquefeito.