Os 18,5% do Grupo TCB, adquiridos em 2007 pela portuguesa Finpro, serão em breve colocados à venda na sequência da falência da holding controlada por Américo Amorim, Banif e CGD.
Falhado o primeiro PER e recusado o segundo, o destino da Finpro é a insolvência e a liquidação dos activos para saldar as dívidas acumuladas de 251,7 milhões. Entre esses activos destaca-se a participação indirecta, através da Portobar Capital, no capital do Grupo TCB, o maior operador portuário espanhol.
A Finpro entrou no capital do Grupo TCB em parceria 50-50 com os australianos da Queensland Investment Corporation, em 2007, quando compraram ao Deutsche Bank 37% da TCB, por 350 milhões de euros.
Entretanto veio a crise mas isso não impediu o grupo espanhol de investir fortemente – mais de 400 milhões de euros em cinco anos – na diversificação geográfica, em terminais na Turquia, Brasil, Cuba, México, Colômbia, Guatemala.
Sem esquecer o reforço da capacidade em Espanha, onde opera uma dezena de terminais, e onde detém duas filiais de serviços intermodais – a TCB Railway Transport e a TCV Railway Transport -, além de terminais ferroviários em Barcelona, Valência, Gijon, Saragoça e Valladolid.
Os projectos de expansão do grupo catalão pressupõem investimento de mais 300 milhões de euros em dois anos e também abrangem África e a Ásia, para o que firmou uma parceria com a japonesa Mitsubishi Corporation.
É este activo que terá agora de ser alienado. Curiosamente, o BIC, controlado a 25% por Américo Amorim, quando da apresentação do primeiro PER, e também a Caixa Geral de Depósitos, no segundo PER, votaram contra os planos de recuperação da holding apresentados pelos accionistas.