As eleições na APTMCD – Shortsea Portugal deixaram tudo na mesma. Novidade mesmo só a saída de Isabel Ramos de directora executiva, que agrava as dificuldades de funcionamento da associação.
Rui Raposo (em representação da Associação dos Armadores da Marinha de Comércio) foi reeleito presidente da Direcção da APTMCD – Shortsea Portugal, nas eleições recentemente ocorridas. De resto, a composição dos corpos sociais manteve-se inalterada, adiantou o próprio.
Na verdade, com oito membros apenas (de acordo com a informação disponível: AAMC, AGEPOR, APA, APDL, APL, APS, APSS e Liscont), a lista dos corpos sociais da APTMCD – Shortsea inclui todos… e ainda ficam dois lugares por preencher. Sinal da dificuldade em afirmar o projecto no meio, apesar do trabalho realizado.
Isabel Ramos deixou direcção executiva
Trabalho que será, doravante, mais difícil, uma vez que Isabel Moura, até aqui directora executiva da associação (em part time, porquanto era quadro da APL), cessou funções com a passagem para a equipa de assessores da ministra do Mar. Rui Raposo confirma que “ainda não temos substituto”.
Está a APTMCD – Shortsea Portugal numa encruzilhada relativamente ao seu futuro? O líder da associação opta por contornar a questão ao afirmar que “todas as agências europeias de SSS estão em fase de reflexão sobre o assunto, mas a tendência deve ir no sentido do SSS dever ser tratado no conjunto do shipping global”.
Facto é que as dificuldades não são um exclusivo da agência portuguesa. A da Holanda, durante muito tempo tida como um modelo, há muito fechou as portas por falta de financiamento. Mas outras, de igual peso, estarão em risco de seguir-lhe o destino.