A Seago Line fez as contas e concluiu que as zonas ECA no Canal da Mancha, no Mar do Norte e no Mar Báltico lhe custam 40 milhões de dólares (35,7 milhões de euros) por ano.
A revelação foi feita pelo key manager da companhia do grupo Maersk, Andrea Avani, na Container Trade Europe, organizado a semana passada pelo “JOC”, em Hamburgo.
“Vinte e sete dos nossos navios foram afectados pelas novas regulações ECA (zonas de controlo de emissões). O aumento dos custos face ao ano anterior rondou 40 milhões de dólares”, referiu Avani.
A Seago Line tem uma frota de 50 navios, 22 (com capacidades entre 1 700 e 4 500 TEU) alinhados no shortsea e 28 (com capacidade de 500 a 2 700 TEU) afectos a serviços feeder.
Os navios da Seago Line utilizam combustível de baixo teor de enxofre (mais caro) para cumprirem os limites de emissões e a cobra sobretaxas em três zonas da Europa: Noroeste do continente e Reino Unido; Escandinávia e Polónia; e Rússia e Báltico.
O key manager da Seago Line aproveitou ainda a intervenção para instar as autoridades a fiscalizarem o cumprimento da lei por parte dos transportadores. Andrea Avani mostrou a sua preocupação após Per Holmvang, da consultora DNV, ter indicado que apenas 1% dos navios que percorrem as zonas ECA são inspecionados.