O shortsea internacional cresceu 3,5% em Espanha no primeiro semestre de 2017 face ao período homólogo do ano anterior, de acordo com a Associação Espanhola de Promoção do TMCD.
A subida ocorreu, segundo a mesma fonte, tanto na fachada atlântica como na mediterrânica.
As diferenças entre ambas as fachadas da Península foram ligeiramente reduzidas, graças ao maior crescimento da procura na costa atlântica do que na mediterrânica. Assim, no Atlântico, a procura de transporte marítimo de curta distância alternativo ao rodoviário aumentou 11% na primeira metade de 2017 face ao mesmo período de 2016. Já no Mediterrâneo o aumento foi menos pronunciado (+3,8%).
Em termos de oferta de capacidade, no Mediterrâneo diminuiu 17%, enquanto no Atlântico desceu 5%.
No que se refere à capacidade disponível para contentores, ambas as fachadas sofreram uma diminuição no primeiro semestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, embora a quebra na fachada do Mediterrâneo tenha sido mais acentuada (38%) do que na do Atlântico (5%).
Por outro lado, em termos de carga rodada, a oferta aumentou em ambas as fachadas. Na atlântica passou de 570 quilómetros lineares, em 2016, para 881 em 2017 (mais 54,5%), após a enorme queda registada em 2015, e na do Mediterrâneo cresceu 15%, de 1 632 para 1 930 quilómetros lineares.
Em termos de ocupação, o Mediterrâneo teve um maior nível de ocupação (77%) do que o Atlântico (53,5%), mas em ambos os casos os valores foram inferiores aos do primeiro semestre de 2016.
Quanto às Auto-Estradas do Mar, as mediterrânicas mantiveram o número de serviços (três), embora a capacidade em metros lineares tenha aumentado 6% em relação a 2016. Já as do Atlântico, com duas rotas, aumentaram significativamente a capacidade.
Por mercados, destacam-se os bons desempenhos da Bélgica e do Reino Unido, no Atlântico, e da Argélia e de Marrocos, no Mediterrâneo.
Queda de quota em 2016
Em 2016, cujos dados finais foram também divulgados, o shortsea perdeu em Espanha 9,1% de quota de mercado face ao transporte rodoviário.
Um resultado que é motivo de preocupação tanto mais que, alertam do SPC Espanha, a partir de 2020 será obrigatório o uso generalizado de combustíveis com baixo teor de enxofre, o que encarecerá em até cerca de 70% o preço do bunker, retirando competitividade ao transporte marítimo face ao rodoviário.
» Observatório Estatístico do TMCD em Espanha (Junho 2017)