A Eurotunnel, a DFDS e a SCOP SeaFrance chegaram a acordo sobre o futuro dos ex-trabalhadores da MyFerryLink, pondo termo a um conflito que se arrasta há meses e que tem perturbado o serviço de ferries na Mancha.
“Para os 487 trabalhadores em causa, o acordo prevê a criação de 402 empregos pela Eurotunnel e pela DFDS, bem como o pagamento de uma indemnização aos assalariados sem emprego a 1 de Janeiro de 2016”, refere uma nota do Ministério dos Transportes Francês, que mediou as negociações entre as três partes.
Em comunicado, a DFDS precisou que irá admitir 202 trabalhadores para as suas operações francesas. Presume-se que os restantes serão colocados no Grupo Eurotunnel, que manterá a intenção de operar o Nord Pas de Calais, o único ro-ro da MyFerryLink, nas ligações na Mancha.
Quanto aos navios Rodin e Berlioz, cedidos pela Eurotunnel à DFDS, e ocupados pelos marinheiros há dois meses, “serão devolvidos na quarta-feira, 2 de Setembro, às 9h00”, refere o comunicado do governo gaulês. Mas só deverão voltar a operar no último trimestre deste ano, precisa a DFDS.
A intenção da companhia, que acordou com a Eurotunnel o fretamento dos dois ro-pax que eram da MyFerryLink, é colocá-los a operar entre Calais e Dover juntamente com o Calais Seaways, aumentando assim de dois para três o número de navios empregues no serviço.
O Malo Seaways será desviado para outras operações, acrescenta a DFDS em comunicado.
A SCOP SeaFrance, que agora chega ao fim, foi criada em Agosto de 2012, na sequência da falência da SeaFrance. Os navios da massa falida foram adquiridos pelo Grupo Eurotunnel, que os cedeu à exploração à cooperativa de trabalhadores, através da MyFerryLink. A decisão de encerrar as operações da nova empresa foi fruto do longo contencioso com ac Autoridade da Concorrência britânica, que sempre insistiu em que que a participação da Eurotunnel nas travessias marítimas da Mancha lesava a concorrência.