O Governo deverá fixar, de novo, os serviços mínimos a serem assegurados pelos estivadores durante a greve prevista para decorrer entre 28 do corrente e 5 de Dezembro.
Pela segunda vez, representantes dos operadores portuários e dos sindicatos da Frente Comum não conseguiram chegar hoje a acordo sobre os serviços mínimos. Os operadores terão querido manter o essencial dos serviços mínimos em vigor, e que foram fixados administrativamente pelo Governo, ao passo que os estivadores se terão mantido irredutíveis na defesa do acordo que foi conseguido há já cerca de um mês.
Entre as duas posições está a obrigação, determinada pelo Executivo, de garantir a movimentação das cargas de exportação, e bem assim o tráfego de mercadorias com as regiões autónomas.
A nova vaga de greves parciais deverá durar entre 28 do corrente e 5 de Dezembro e afectará essencialmente os portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, ainda que também o Sindicato XXI de Sines a tenha convocado.
De acordo com o pré-aviso oportunamente divulgado, a paralisação será total quando se tratar de movimentar cargas com origem/destino nos portos de Leixões e de Sines.
As greves dos estivadores, em protesto contra a alteração do regime do trabalho portuário, iniciaram-se em Agosto e os sindicatos dizem-se dispostos a levá-las por diante enquanto o Governo não aceitar negociar.
Os operadores portuários já terão garantido a manutenção de todos os postos de trabalho e dos salários existentes e praticados, mas nem isso chegou para por termo ao conflito.
Os portos de Lisboa e Setúbal têm sido, de longe, os mais prejudicados. E as exportações para países terceiros estão a ressentir-se, e muito, segundo o INE.