No “ano mais complicado para o tráfego na Mancha”, a P&O Ferries atingiu, em 2015, volumes e resultados recordes na ligação entre Calais e Dover.
E o ano foi, de facto, complicado. Desde logo, por causa do fecho do porto de Calais, no Verão, primeiro por causa da contestação à cessação da actividade da MyFerryLink, e depois pela crise dos refugiados. Mas os problemas resultaram também em benefício da P&O Ferries, que de repente sozinha na ligação Calais-Dover, com a saída da MyFerryLink do mercado e a mudança da DFDS para Dunquerque.
Em consequência, a companhia britânica atingiu no final do ano transacto um recorde de 1,34 milhões de unidades de transporte movimentadas, tendo alinhado no serviço um sexto navio, o European Seaway, para fazer face à procura.
Ao mesmo tempo, os fretes subiram para níveis “normais”. O que, combinado com o aumento dos volumes, permitiu regressar ao nível do volume de receitas anterior à crise.
Agora, no Inverno, a P&O Ferries optou por manter os seis navios a operar na Mancha, oferecendo por isso 58 saídas diárias em ambos os sentidos.
As previsões para 2016 são optimistas, alimentadas pelo crescimento da economia britânica e pelo incremento das trocas – e, logo, do tráfego de camiões – entre o Reino Unido e o Continente.