A Organização Marítima Internacional (IMO) qualificou os mares Báltico e do Norte como zonas de controlo de emissões de nitrogénio (NECA), com efeito a partir de 1 de Janeiro de 2021.
A decisão, tomada durante a reunião do 70.º Comité para a Protecção do Ambiente Marinho (MEPC), em Londres, vem ao encontro das pretensões de vários portos da região, encabeçados por Roterdão.
O regulamento das zonas NECA determina uma redução de 80% dos níveis de emissões de óxidos de nitrogénio dos navios construídos a partir de 1 de Janeiro de 2021, face à actualidade.
Na prática, isto implicará que os novos navios sejam equipados com catalisadores ou sejam movidos a gás natural liquefeito para cumprirem com as exigências.
De acordo com estimativas recentes do Programa Europeu de Acompanhamento e Avaliação (EMEP), com as NECA a redução da deposição anual de azoto no mar Báltico será de 22 mil toneladas. Dessas, sete mil deixarão de ser directamente depositadas na superfície marítima e as restantes 15 mil toneladas deixarão de afectar a bacia hidrográfica respectiva.
A HELCOM (convenção de protecção do ambiente marítimo do Báltico) avisa, porém, que o processo até chegar àquele objectivo será longo.
Os mares Báltico e do Norte já são considerados SECA, ou zonas de controlo das emissões de enxofre, o que obrigou os operadores a investirem em novos navios ou na conversão dos existentes.